9 de fev. de 2011

Governo italiano mantém incentivos fiscais para energia solar térmica até final de 2011


O governo italiano aprovou, no final do ano passado, a continuação por mais um ano do período em que poderá ser feita a dedução de imposto correspondente a 55% do custo de sistemas solares térmicos. Depois de uma queda de 5% no mercado italiano em 2009, a continuação deste incentivo é uma medida importante para reanimar um dos seis maiores mercados europeus de aquecedores solares. Porém, apesar da boa notícia, as condições do incentivo foram alteradas, sendo que agora os 55% dos custos de investimento passam a ser deduzidos em parcelas iguais ao longo de dez anos e não em cinco, como acontecia até o momento. 

Desde 2007 que o governo italiano incentiva a instalação de coletores solares térmicos através da dedução fiscal de 55% das despesas, o que tem contribuído fortemente para o desenvolvimento do setor. 

Em Julho de 2010,  a associação da indústria do aquecimento italiana, Assotermica, e a associação italiana de solar térmico, Assolterm, enviaram uma carta ao governo de Berlusconi a reforçar a importância deste incentivo para o desenvolvimento do mercado solar térmico na Itália. "Este esquema traz benefícios tanto para a indústria italiana, atenuando o forte impacto da crise económica atual, como para o país, com uma relação positiva de custo/benefício e com um investimento estrutural num setor de elevado valor acrescentado e, por essa razão, estratégico para o futuro do país", lê-se na carta. As duas associações enumeraram uma lista de benefícios diretos e indiretos que este género de incentivos pode ter, entre eles a criação de emprego, sendo que o setor poderá ser capaz de criar mais de 150.000 postos de trabalho em 2020, a contribuição para alcançar a meta europeia para as energias renováveis, o crescimento das receitas fiscais, graças a impostos como o IVA, IRAP (Imposto Regional sobre a Atividade Produtiva) e IRES (Imposto sobre o Rendimento das Sociedades), a redução da fatura energética e da dependência do mercado internacional e das fontes de energia fósseis, e a contribuição para a criação de uma economia verde.

Segundo a análise do EurObserv'ER e da ESTIF (European Solar Thermal Industry Federation) ao mercado de solar térmico europeu, feita em Maio passado, em 2009 assistiu-se a uma queda de 5% do mercado em Itália, registando-se 400.000m2 de nova área instalada, contra os 421.000m2 instalados em 2008. Citando a Assolterm, o EurObserv'ER refere que para 2010 não se espera uma grande contração, mas há a convicção de que este foi um ano muito duro para o setor, uma vez que a má situação financeira levou a que muitas famílias optassem por não fazer investimentos nos aquecedores solares. Para além da crise financeira, o Solarthermalworld.com atribui também os números fracos de crescimento do mercado solar térmico a um recente "boom" do setor fotovoltaico.

Adaptado por Studio Equinócio
Fonte: Portal Climatização

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