Uma a cada 4 (25%) das famílias gregas já tem sua água quente fornecida pelos aquecedores solares de água. A título de comparação, no Brasil pouco mais de 1% das famílias já usam os aquecedore solares.
Fonte da Foto: http://www.maltezos.gr/
Mas novas e inteligentes medidas para estimular a tecnologia solar foram tomadas pelo governo grego. O mercado de energia solar estagnou em 2010 e por isto mesmo a partir de Janeiro de 2011, todos os novos edifícios e em reforma na Grécia ,tem que cobrir pelo menos 60% da sua demanda de água quente sanitária através de tecnologia solar térmica (frações solares mínimas de 60%).
A moderna obrigação solar térmica é parte da lei L3851/2010 "relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis" em combinação com a lei L3661/2008, que faz parte do processo de implementação do programa europeu de desempenho energético de edificações. Segundo a associação da indústria solar grega (EBHE) a área de coletores recém-instalada em 2010 estagnou em um nível baixo depois que o mercado decaiu em 31% no ano de 2009. A entidade estima que 2010 foram instalados 207.000 m2 de coletore solares.
A obrigação solar térmica nos novos edifícios expandirá as oportunidades de mercado de energia solar térmica de forma significativa, pois mais de metade dos novos edifícios construídos no ultimo ano foram instalados exclusivamente com aquecedores elétricos ou a gás, sistemas comprovadamente menos modernos, mais caros e ecologicamente incorretos. Cabe lembrar que toda vez que um construtor opta por não projetar suas edificações para não contemplar a energia solar,o mesmo fecha de forma drástica ( e até irresponsável) a oportunidade dos futuros moradores de optarem por uma tecnologia mais barata, limpa, renovável e disponível, que é o aquecedor solar. A função da obrigação solar térmica então é basicamente democratizar o acesso à tecnologia solar e ao mesmo tempo incentivar aos construtores e arquitetos a se capacitarem e contribuirem de forma mais efetiva com o bem estar dos futuros usuários das edificações e preservação dos recursos do planeta.
Na Grécia, como o número de licenças de novas construções está em declínio, outras medidas serão tomadas para alcançar os ambiciosos objetivos do Plano Nacional de Energias Renováveis ( PANER). O plano trabalha com a expectativa de duplicar a participação dos sistemas de aquecimento solar e consolidar sua aplicação como fonte de calor para sistemas de refrigeração solar. Um recente estudo publicado pela Universidade Técnica Nacional de Atenas (NTUA), afirma que além da obrigação solar térmica para o setor da construção, "um novo quadro fiscal seria necessário para apoiar o desenvolvimento do mercado". Segundo o estudo a Grécia já teve boas experiências com medidas financeiras de apoio a energia solar na década de 1980, quando era possível uma dedução do imposto de renda dos consumidores finais e empréstimos a juros baixos que permitiram a expansão do mercado solar térmico.
Por Studio Equinócio
Fonte: GSTEC
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