18 de abr. de 2011

Solar térmico na Espanha: dificuldades demandam a implementação de um novo modelo


 
As previsões negativas do setor da construção em Espanha para 2011 preocupam  a indústria solar térmica da Espanha. A Associação da Industria Solar Térmica ( ASIT) receia que, à semelhança do que vem acontecendo desde 2009, o baixo número de novas construções previstas arraste consigo a uma queda na quantidade de novas instalações de sistemas solares térmicas. Isto porque uma grande fatia das novas instalações de aquecedores solares aconteceu  debaixo da obrigação imposta pelo Código Técnico de Edificações (CTE). Perante esta situação, durante a Assembleia Geral da ASIT, que teve lugar a 25 de Janeiro, a associação voltou a insistir na necessidade de mudanças estruturais nas formas de apoio ao mercado, defendendo, em particular, a introdução de uma retribuição a ser paga à  empresas de serviços energéticos (ESCO), "de forma a que, segundo um modelo económico financeiro, torne viável a sua atividade e possibilite determinadas economias  ao cliente". Segundo explicou o secretário-geral da ASIT, Pascual Polo, à Climatização, "as ESCOs teriam o direito de receber o incentivo por fornecer a energia". Esta retribuição estaria baseada "estabelecimento de um preço máximo de referência da energia térmica vendida pela ESCO, juntamente com um incentivo de acordo com a energia renovável aplicada, ou seja, aplicar uma retribuição adicional sujeita ao fornecimento de energia através de uma ESCO, faturando segundo o consumo do utilizador". Desta forma, o setor do solar térmico espanhol pretende abrir portas ao setor privado sem ter de recorrer aos fundos públicos, e, "com um quadro retributivo específico através de uma tarifa modulada complementar num prazo de dez anos, o setor poderia ultrapassar os objetivos sem ter de recorrer aos orçamentos públicos".

Os mais recentes números sobre o mercado solar térmico espanhol mostram uma queda de 14% em 2010, com um uma área instalada acumulada de 2.460.000m2, o que representa menos de 50% do objetivo definido no Plano de Energias Renováveis 2005-2010 , que eram 4,9 milhões de m2 acumulados em 2010. Recorde-se que, entre 2005 e 2008, o mercado espanhol era um dos mais promissores da Europa, registando um crescimento na ordem dos 63%.

Adaptado por Studio Equinócio

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