Governo vai aceitar pedidos de líderes regionais para prolongar os subsídios, apesar de já ter rejeitado a proposta de criar mais incentivos para o setor.
O setor solar italiano, um dos maiores da Europa, cresceu rapidamente desde 2007 quando o governo pôs em prática uma série de incentivos. Porém, essa ajuda pública deverá deixar de existir para diminuir o preço da energia no país.
A princípio o fim dos subsídios iria acontecer em junho, mas líderes regionais pressionaram o governo estender a ajuda até o fim do ano. A resposta do governo veio pela ministra do Meio Ambiente, Stefania Prestigiacomo, que afirmou que os incentivos devem continuar por mais três meses.
O governo terá que consultar as regiões antes de formalizar o decreto, mas a tendência parece ser mesmo que os subsídios ficarão apenas até o dia 31 de agosto.
Essa extensão deverá atender as necessidades dos projetos em andamento, mas não irá atrair novos investimentos para o setor, afirmou Jean-Francois Meymandi, analista do banco de investimento UBS.
Propostas regionais
Vasco Errani, líder do congresso de governos regionais, declarou nesta quinta-feira (28) que as regiões querem “a proteção para os atuais investimentos e cortes menos severos nos incentivos do futuro”.
Roma pretende ter um período de transição até o fim de 2012 para garantir os investimentos atuais até que uma nova lei seja aprovada.
Operadores e investidores afirmaram que os cortes nos incentivos neste e no próximo ano podem chegar a 60% e que os adicionais procedimentos burocráticos devem colocar um freio no crescimento do setor.
Na quarta-feira (27), um grupo de investidores estrangeiros afirmou que entrou com um processo contra a Itália por causa dos cortes.
O setor solar italiano atraiu nos últimos anos alguns dos maiores fabricantes de módulos fotovoltaicos como a as chinesas Suntech Power Holdings Co, Trina, Yingli Green Energy e a norte-americana First Solar.
Studio Equinócio
Autor: Alberto Sisto - Fonte: Reuters
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