As primeiras estimativas dos principais mercados mundiais de energia fotovoltaica em 2009 apontam para a instalação de uma capacidade adicional de 7,4 GWp, equivalente a um crescimento de 16,6 % sobre a cifra registrada no ano de 2008.
Dos 7,4 GW de nova potência fotovoltaica instalada em todo o mundo, 5,8 GW foram instalados na Europa um valor superior que coloca a Europa na liderança dos novos investimentos no aproveitamento da energia solar, com mais de três quartos das novas instalações fotovoltaicas. Globalmente, no final de 2009, dos 22 GW de potência fotovoltaica instalada a nível mundial, 70 por cento (16 GW) estão localizadas no continente europeu.
Estima-se que um GW de capacidade de produção energia fotovoltaica fornece eletricidade suficiente para abastecer 250 mil lares europeus durante um ano. A nível interno, cerca de 21% do total de capacidade de produção de energia instalada na Europa (27,5 GW), foram baseados no setor da energia solar.
A Alemanha lidera a lista mundial no que respeita ao valor de potência acumulada, com 9,8 GW (dos quais 2,3 GW estão já ligados à rede de distribuição), logo seguida da Espanha, com 3,5 GW. Em segundo lugar, no que diz respeito ao crescimento do setor em 2009, ficou a Itália, atrás da Alemanha e seguida do Japão, Estados Unidos, República Checa e Bélgica.
O relatório anual da situação do setor fotovoltaico compila e avalia os resultados de uma pesquisa realizada com mais 300 empresas mundiais, prestando especial atenção ao mercado fotovoltaico, bem como o “estado da arte” no que toca à indústria e investigação na área, sobretudo na União Européia, Índia, Japão, China, Taiwan e Estados Unidos.
Um recente estudo do Banco Barclays, revelou em seus cálculos que o mercado alemão cresceria em 2010, 35% a mais que o ano de 2009, atingindo a cifra doas 4,1 GWp. Em outros lugares da Europa se esperam novos recordes como na República Theca ( 1150 MWp a mais), na Itália ( 1000 MWp a mais), França ( 500 MWp a mais), Espanha ( 502 MWp a mais) e Bélgica ( 200 MWp a mais).
De certo que a cada ano a dinâmica do mercado de eletricidade solar fotovoltaica surpreende inclusive os planejadores e estudiosos do setor. A capacidade demonstrada pelos fabricantes em reduzir os custos de produção e alcançar rendimentos cada vez mais elevados abre novos horizontes e perspectivas muito mais ensolaradas para as gerações futuras.
Infelizmente no Brasil a publicação de um plano solar fotovoltaico se esbarra em entraves políticos associados a diretivas políticas que ainda sinalizam priorizar termelétricas a carvão, energia nuclear e hidroelétricas na Amazônia. Enquanto isto a paisagem urbana do Brasil fica cada vez mais sombria sem projetos que sinalizem um grande mercado para a ideologia de uma economia solar distribuída que garanta a luz do Sol para todos os cidadãos brasileiros. A par disto inúmeras iniciativas importantes vêm sendo tomadas por universidades e empresas brasileiras no intuito de divulgar e ampliar o uso da energia fotovoltaica no Brasil, a começar por estabelecer um parque industrial e de matérias primas necessárias ao crescimento deste setor em nosso país. O que esperar da energia solar no Brasil de nossos candidatos a presidência?
Elaborado por Studio Equinocio
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